Com a proposta de misturar diversas culturas e gostos musicais, o primeiro dia do festival Turá reuniu fãs de todas as idades que vibraram do início ao fim com os mais variados gêneros musicais, no Parque Ibirapuera.
No sábado, 24, após os portões abrirem às 12h, o Bloco Pagu colocou o público para dançar e cantar com o seu ritmo carnavalesco. Em seguida, foi a vez de Lucas Mamede compartilhar o seu carisma e a cultura nordestina que está presente no seu primeiro disco autoral, “Já Ouviu Falar de Amor?” (2023).
Em um sol escaldante, as pessoas se levantaram para cantar junto com Maria Rita, que levou ao palco o seu samba cativante e delicioso para dançar. Durante a apresentação, perguntou ao público se eles estariam dispostos para cantar para Elis – assim, Maria puxou um coro emocionante com “O Bêbado e a Equilibrista”, música que marcou os anos de chumbo. Após algumas canções, Sandra de Sá se juntou à cantora para realizarem um show inédito.
Durante a programação, DJs tocaram no Turá, seguindo com a animação dos cantores.
O show de MC Hariel foi épico. O funkeiro subiu ao palco do Turá no horário e fez os presentes se animarem com sua apresentação que mesclou influências para todas as idades. Ele se preparou por dois meses para fazer o show que só teve pontos altos. Além disso, o MC fez um discurso necessário (e emocionante) sobre o funk, que continua sendo visto com preconceito.
Após cancelar a apresentação na primeira edição do festival Turá, Zeca Pagodinho fez um show emocionante, com a participação do público. As músicas “Ogum”, “Vai Vadiar” e “Deixa a Vida me Levar” foram as mais cantadas pelos jovens que sambavam e gritavam o nome do sambista que ensina sobre a importância de celebrar a vida todos os dias.
A “pista premium” (que ocupou um grande espaço) para convidados e organizadores lotou quando Jorge Ben Jor e a Banda do Zé Pretinho subiram ao palco. No entanto, muitas pessoas presentes estavam mais compenetradas em tirar fotos, gravar vídeos e conversar com amigos do que apreciar o show. Mas nada disso abalou o show de 1h30 que foi regado por diferentes fases da discografia com arranjos adaptados.
Mesmo com o microfone baixo e um mal contato nos pedais, Jorge fez uma deliciosa mistura de gêneros e instrumentos, onde o teclado e os trompetes se destacaram. O músico ensaiou um possível bis, mas teve que acabar com o show no horário marcado (“Lá vem o homem da gravata colorida”), devido as regras do espaço. Seguindo o cronograma à risca, o festival Turá celebrou a música brasileira, cumprindo a sua missão.
Pela primeira vez, o evento terá edição em Porto Alegre, com a participação de Caetano Veloso, Emicida, Baco Exu do Blues, Alceu Valença, Jup do Bairro e muito mais. O Turá POA acontece entre os dias 18 e 19 de novembro, no Parque Harmonia. Os ingressos já estão à venda.
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