Foi neste ano que Marcos Gabriel Faria optou por iniciar sua carreira solo. Em abril, o membro da banda carioca Ventilador de Teto, apresentou ao mundo Papel Pardo e Pornografia, dois álbuns diferentes, mas que se conversam entre si: o Rio de Janeiro e os ruídos sonoros são algumas das características que estão presentes nas obras.
Papel Pardo é mais poético - da capa ao violão -, soando como Uivo de Allen Ginsberg, enquanto Pornografia mistura letras raivosas com guitarras e bateria. Além disso, o segundo álbum contou com dois terços da banda Um Quarto: o baterista Luís Bernardo e Theo Ladany. Victor Damazio completou a banda no baixo, além de ser produtor do disco.
"É então um disco sobre instituições. Instituições: o trabalho, a cena, a família, o Bumble. A pornografia, a indústria pornô, é uma instituição, talvez das mais importantes. Porque ela trabalha no âmago da pessoa, ou seja, ela muda o modo dessa pessoa ver e se relacionar com o mundo. Você introjeta e instituição, o que é algo foucaultiano de se dizer", explica.
Ao juntar as 28 músicas, conhecemos a visão de Marcos Gabriel Faria e percebemos que muitas de suas letras dialogam com a nossa realidade e pensamentos, afinal, viver é muito difícil e sangrento.
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